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«Qual é a ideia comum que se tem do artista? Juntem-se mil descrições, e o resultado composto é o retrato de um imbecil: considerado infantil, irresponsável e ignorante ou inapto para as tarefas do dia a dia. (...)
Este mito, como todos os mitos, tem algum fundamento. (...) Quando se pensa no artista, o mundo ainda adere à visão platónica, expressa no ION em referência ao poeta: "Não existe criatividade nele enquanto não está inspirado e fora de si, enquanto não perdeu o juízo." Poder-se-á argumentar que [o artista] até cultivou esse mito. (...) É compreensível que [o artista] tenha de facto cultivado este aspecto de cretino, esta surdez, esta descoordenação, num esforço para se esquivar aos milhares de irrelevâncias que se acumulam diariamente a respeito do seu trabalho. Por que enquanto a autoridade do médico ou do canalizador nunca é questionada, qulquer pessoa se julga capaz de ajuizar sobre o que deve ser uma obra de arte e sobre como se faz. »
(pp. 1-2)
The Artist´s Reality- Philosophies of Art
Mark Rothko
Yale, 2004
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